terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Equinócio

O autor deste texto é um grande amigo, Ruan Felix Schneider, em resposta ao texto de minha autoria chamado Solstício.



 
É primavera.
As flores começaram a exalar seu perfume dentro de mim.
A neve do inverno de outrora começou a derreter-se. Estava por vir uma avalanche de emoções repreendidas. De choros e de risos.
Borboletas voltaram a encher o jardim de alegria e de cores. O medo está se dissipando aos poucos, assim como a neve.
Eu que não sou ninguém para julgar o coração alheio, que antes já fui ferido, deixado, que já implorei, chorei, hoje me vejo imóvel diante da energia que move a paixão. Novamente vivendo uma singularidade.
Mesmo que teimosos, achando que temos conhecimento sobre a paixão. É nessa inexperiência, nesse território desconhecido e tampouco explorado que vive a maior das aventuras. Sem que nos deixe ao relento, irá nos levar ao amor duplicado, à paixão, à loucura, a felicidade extrema, ao êxtase. E dentro de nós sempre perdurarão cunhos desses sentimentos.
 O inverno gelado e sombrio, repleto de racionalidade está cedendo lugar a uma nova estação. O desabrochar não é proveniente apenas das flores, mas também de novos e bons sentimentos. Porém, foi necessário passar pelo rigor e solidão deste imenso vale gélido para que pudesse reconhecer novamente o aroma das flores.
As sombras se dissipam, a neve se derrete, o frio se vai. Recobro a sensação do que é sentir.

Autor: Ruan Felix Schneider


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