No celular atolado de mensagens,
tuas declarações a nossa eternidade e sei que tudo aquilo que me dizias era
verdade. Tuas verdades que me incendiavam de amor, paixão e insegurança.
Eu menti, confesso. Menti ao dizer que não estava completamente em suas mãos,
que não estava louca por ti e que sabia ser feliz sozinha. Menti ao dizer que
estava preparada para o nosso rompimento.
Sinto saudades, sinto seu
cheiro, seu beijo, sinto que eu ainda não sei tudo. Tudo que sei é que minhas
portas e janelas continuam abertas esperando pela hora da tua volta que se
arrasta e que demora, mas que sem dúvida me apavora.
Fico horas relendo minhas
memórias. Passando a limpo todo nosso percurso até o inevitável fim.
Eu não vivi tudo, não com tudo
que tinha. Na minha mente eu fugia dos sentimentos profundos porque sabia tudo
o que eu enfrentaria quando meu coração estivesse entregue.
Lembrei do rosto sem cor ao
descolar tuas mãos das minhas, ao deixar-te livre, de certa maneira, me aprisionei.
Quando você vinha tudo se tornava imensurável, eu perdia a noção de tempo e
lógica e me tornava pura sensibilidade. Nem sei mais o que eu era antes de te
conhecer, só sei o que me tornei na sua ausência.