quarta-feira, 10 de julho de 2013

Fortaleza

Eu queria ser forte o bastante para ultrapassar os obstáculos sem sequer derramar uma única lágrima. Forte o suficiente para afastar do meu coração aquelas pessoas, lugares e lembranças que me machucam.
Queria ter forças para perguntar àqueles que me traíram quais foram as suas recompensas e se valeu mesmo a pena me deixar cicatrizes tão profundas.
Ser forte para mudar o mundo e para mudar a mim mesmo.
Forte para não me importar com o que as pessoas pensam.

Queria para arrancar do meu peito toda dor, toda a mágoa e todo o ressentimento acumulado.
Queria ser forte para saber perdoar quando preciso, mas para isso eu sei que é necessário ter mais que forças, é preciso ter sabedoria e paciência.

Mas também queria ter forças para não perdoar aqueles que amolecem o meu coração com suas palavras tão doces e tão falsas.

Queria ser forte para manter o meu sorriso mesmo quando o choro engasga na garganta e a vontade de sumir do mapa é tão grande que me sinto o menor homem do mundo.
Queria poder oscilar, vacilar de vez em quando sem me sentir um “fracote”.

Forte para a dor.
Forte para o amor.
Intocável, inquebrável, inesquecivelmente forte.
Porque neste mundo de lobos não há espaço para os fracos, para os sensíveis, para os humanos.
Talvez a maior força esteja dentro do meu coração que resiste ao complexo de superioridade e que se permite fracassar, sem o medo de ter que recomeçar.

Pois os fracos reconhecem a força, mas os que se acham “fortes” são incapazes de admitir suas fraquezas.

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