Ela estava cansada de olhar pra trás e ver portas entreabertas.
Alguma coisa especial havia ficado naquele vão e aquele vão era um infinito pra ela.
Perdida naquele espaço ela sentia a gravidade de não saber a direção entre o eu te amo e o perdão.
Era como se o tempo conseguisse passar mesmo quando a gente tava parado e aos poucos ela ia desencostando da minha mão.
Eu nem tinha percebido que era muito para carregar e que ela já tinha se esvaziado de tanto esperar, não por mim, mas pela vontade estar e foi, um passo de cada vez, mas foi e quando a porta finalmente se fechou ela conseguiu se lembrar de que o lugar pelo qual passou não era ficar.