terça-feira, 29 de maio de 2012

Lua Minguante, 2007.

No celular atolado de mensagens, tuas declarações a nossa eternidade e sei que tudo aquilo que me dizias era verdade. Tuas verdades que me incendiavam de amor, paixão e insegurança.
Eu menti, confesso. Menti ao dizer que não estava completamente em suas mãos, que não estava louca por ti e que sabia ser feliz sozinha. Menti ao dizer que estava preparada para o nosso rompimento.

Sinto saudades, sinto seu cheiro, seu beijo, sinto que eu ainda não sei tudo. Tudo que sei é que minhas portas e janelas continuam abertas esperando pela hora da tua volta que se arrasta e que demora, mas que sem dúvida me apavora.

Fico horas relendo minhas memórias. Passando a limpo todo nosso percurso até o inevitável fim.

Eu não vivi tudo, não com tudo que tinha. Na minha mente eu fugia dos sentimentos profundos porque sabia tudo o que eu enfrentaria quando meu coração estivesse entregue.

Lembrei do rosto sem cor ao descolar tuas mãos das minhas, ao deixar-te livre, de certa maneira, me aprisionei.
Quando você vinha tudo se tornava imensurável, eu perdia a noção de tempo e lógica e me tornava pura sensibilidade. Nem sei mais o que eu era antes de te conhecer, só sei o que me tornei na sua ausência.


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