Meus pés mal tocaram o chão e já sentiram novamente o tremor de não poder voar.
Eu ainda lembro daquele dia em que o peso da dor, que eu achava que era amor, me derrubava outra vez.
Estiquei-me, mas as pernas bambearam, era como esquecer de respirar e um passo de cada vez, tentando disfarçar a cicatriz e a insensatez de me deixar. Me deixar levar outra vez pelo medo, medo do calor, medo de tentar e tentando me segurar ao que já não fazia mais sentido eu me tornei abrigo e prisão. E nessa solidão eu me reinventei, despido das minhas asas e correntes, segurei num balão e novamente voei.
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